O Repórter

Com dificuldades, Tuiuti faz desfile para tentar seguir no Grupo Especial

Por Redação...
05 de março de 2019 às 04:12
Atualizada em 05 de março de 2019 às 11:05
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Rafael Max/OReporter.com
Um bode foi o protagonista da Paraíso do Tuiuti
Um bode foi o protagonista da Paraíso do Tuiuti

RIO (OREPORTER.COM*) - Vice-campeã do carnaval 2018, a Paraíso do Tuiuti também veio com um tema cearense, e apresentou na avenida o enredo “O Salvador da Pátria”, de Jack Vasconcelos. Foi contada a história do bode Ioiô, que foi eleito vereador na cidade de Fortaleza e, 1922.

Depois do vice-campeonato no último carnaval, a Paraíso do Tuiuti voltou a apostar em um enredo de cunho político. Com o enredo “O Salvador da Pátria”, a escola protestou contra os rumos da vida pública brasileira. O tema da agremiação trouxe à tona a importância estratégica do bode na cultura e na economia do nordeste brasileiro. 

Para auxiliar a narrar o enredo com uma maior emoção, o coreógrafo contou com a atuação de profissionais do ballet do Theatro Municipal na comissão de frente da escola. Felipe Moreira e Élida Brum, misturaram em sua coreografia o toque perfeito entre a leveza do ballet e a agitação do samba, e mostraram a peleja pelos nichos eleitorais, onde ao final, a população permanece ao Deus-dará, e fica aguardando eternamente a chegada de um salvador.

Tendo como ponto inicial da escola foi a curiosa história do bode Ioió, a escola fez um passeio pelo cotidiano nordestino, até chegar ao desenvolvimento da cidade de Fortaleza. Depois, foi a vez de mostrar como era a política da Velha República, repleta de situações de manipulação dos votos. Em seguida, foi a vez de mostrar como o tal bode virou o grande herói da população local. A própria escola elegeu o animal como um símbolo por uma luta de igualdade social.

No entanto, nem tudo são flores para a Tuiuti. A escola apresentou um desfile bem inferior ao do ano passado e em relação às suas concorrentes de 2019. A agremiação tentou ser irreverente, mas apresentou de maneira morna ao público presente. Um enredo de leitura bastante irregular, alegorias e fantasias bem abaixo do esperado demonstraram a queda brusca em relação a 2018.

Houve também problemas no decorrer do desfile. O carro abre-alas teve um princípio de incêndio, prejudicando o andamento da escola. Além disso, a última alegoria teve dificuldades para entrar na Marquês de Sapucaí e chegou a perder algumas peças. Portanto, a escola de São Cristóvão entra na difícil missão pela permanência no Grupo Especial. (*colaboraram Rafael Max e Jaqueline Araújo)

Foto: Rafael Max/OReporter.com

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