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Porto da Pedra homenageia mestre-sala e porta-bandeira e se destaca na Sapucaí

Por Redação 2
01 de março de 2014 às 02:40
Atualizada em 28 de fevereiro de 2014 às 22:30
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Marcello Dias / Agência O Repórter
Tigre da Porto da Pedra rugiu alto na avenida e pode brigar pelo título da série A
Tigre da Porto da Pedra rugiu alto na avenida e pode brigar pelo título da série A

RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER) -  Quinta escola a desfilar na Marquês  de Sapucaí pela Série A, a Porto da Pedra apresentou o enredo "Majestade do Samba: Os Defensores do Meu Pavilhão". O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Valente.

O enredo da escola falou sobre a origem do casal de mestre-sala e porta-bandeira, elementos fundamentais em um desfle de escola de samba. Na avenida, o par apresenta o pavilhão da escola ao público.

A Porto da Pedra abriu o desfile com a comissão de frente prestando belas homenagens, não só ao primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, José Roberto e Thaís Romi, mas também a grandes casais da história do carnaval carioca, cujos rostos foram exibidos ao público por trás de leques que os componentes carregavam. Formando um círculo, os integrantes escondiam um casal de mestre-sala e porta-bandeira, vivida pela porta-bandeira da Mocidade Indepentende, Lucinha Nobre, que logo surgia para ser coroado.

O carro abre-alas da escola representou os bailes da corte do Rio de Janeiro. A alegoria estava bem acabada, com destacada atenção aos detalhes, como vidros recortados causando belo efeito por todo o carro. No chão e à frente da alegoria estava solange Gomes, rainha da escola, que representava a "sedutora da corte".

Com fantasias igualmente bem decoradas em quase todas as alas, a agremiação de São Gonçalo apresentou ainda uma ala coregrafada, a 6ª ala, que simbolizava o cortejo fúnebre dos reis de Congo e a celebração da morte. Em seguida, veio o segundo carro, também muito bem acabado e com bonecos articulados, representando a força e o movimento da África.

Recheada de convidados especiais em seu desfile, a Porto da Pedra contou com o dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, fantasiado de porta-estandarte e trazendo o pavilhão azul e branco da Portela. Carlinhos vivia Ubaldo, primeiro porta-estandarte da história do carnaval.

Em uma justa homenagem, a bateria veio fantasiada de Mestre Delegado, lendário mestre-sala da Mangueira. O coração da escola fez uma pequena, porém bem sucedida paradinha em frente a cabine de julgadores do setor 6.

No terceiro carro da escola, a pobreza do morro. Mesmo com a representação do lixo e dos barracos, o carro tinha seus caprichos, como grafites que traziam palavras de otimismo como fé, paz, dignidade e respeito. A alegoria trouxe muitos componentes.

No último carro da Porto da Pedra, um grande momento. O histórico casal de mestre-sala e porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense, Chiquinho e Maria Helena, brindava a Sapucaí com uma linda apresentação no alto da alegoria. Abaixo, outros importantes mestres-sala e porta-bandeiras de diversas agremiações.

Apostando em um enredo que prestou merecida homenagem a dois dos personagens mais importantes do carnaval, a Porto da Pedra não cometeu deslizes, elevando o nível do primeiro dia de desfiles da série A e deixando a avenida como candidata ao título e ao acesso ao Grupo Especial em 2015.

Por Julio Cesar e Rafael Max

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