O Repórter

Rússia entrega 64 corpos de combatentes de Azovstal para Kiev

Mais de 300 cadáveres já foram devolvidos por russos

Por Agência Ansa
14 de junho de 2022 às 10:09
Atualizada em 14 de junho de 2022 às 10:12
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EPA
Azovstal foi último ponto de resistência ucraniana em Mariupol
Azovstal foi último ponto de resistência ucraniana em Mariupol

ROMA - O governo da Ucrânia confirmou nesta terça-feira (14) que mais 64 corpos de combatentes que defendiam o complexo siderúrgico Azovstal, em Mariupol, foram devolvidos para Kiev.

A notícia foi confirmada pelo Ministério para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados para a agência local Unian e para o portal Ukrinform. Segundo a pasta, "os heroicos defensores" poderão ter agora "um sepultamento digno" em seu país.

O ministro Oleh Kotenko ainda informou que "o processo de receber os corpos dos soldados continua" e que mais cadáveres devem ser recebidos nos próximos dias.

No dia 8 de junho, o governo tinha confirmado que 210 corpos haviam sido recebidos pelas autoridades ucranianas. No dia seguinte, mais 58 foram enviados pelos russos para Kiev.

O complexo siderúrgico Azovstal foi o último local de resistência da Ucrânia na cidade portuária de Mariupol, que caiu completamente nas mãos de Moscou em 18 de maio. O número de combatentes no local era incerto e os relatórios falam em "dezenas de corpos", sem indicar quantos foram aqueles que morreram no local.

A defesa da cidade era feita tanto por soldados do exército ucraniano como por membros da milícia de extrema-direita Batalhão de Azov e, no dia 18, cerca de 960 combatentes que ainda estavam no local se renderam por ordem do governo de Kiev.

Mariupol foi um dos cenários de guerra mais dramáticos, com milhares de cidadãos presos dentro da cidade sem conseguir escapar dos conflitos. Estimativas do governo local ucraniano chegaram a falar em 20 mil civis mortos nos combates ou por falta de recursos básicos de sobrevivência - como comida, água ou tratamento médico.

Cerca de 90% dos prédios da cidade que tinha mais de 400 mil moradores antes da guerra foram destruídos e estima-se que cerca de 100 mil ucranianos agora precisam viver sob a liderança de tropas russas.

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