O Repórter

Elizabeth II teve reinado marcado por mudanças e admiração

Por mais de 70 anos, rainha manteve em alta admiração à família

Por Agência Ansa
08 de setembro de 2022 às 15:06
Atualizada em 08 de setembro de 2022 às 15:22
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Elizabeth II precisou lidar com crises familiares e mudanças no mundo
Elizabeth II precisou lidar com crises familiares e mudanças no mundo
SÃO PAULO - Com o falecimento da rainha Elizabeth II nesta quinta-feira (8), o Reino Unido encerra um capítulo longo e marcante de sua história.

Nascida em 21 de abril de 1926, em Mayfair, Londres, Elizabeth Alexandra Mary assumiu o trono em 6 de fevereiro de 1952, com a morte de seu pai, Jorge VI, mas a coroação em si ocorreu em junho de 1953.

Em junho deste ano, foi inclusive celebrado o Jubileu de Platina pelos 70 anos de reinado. A rainha é a primeira na história do Reino Unido a permanecer tanto tempo à frente do cargo e é a monarca mais idosa a estar na função.

Outro recorde de longevidade é o fato de ter o segundo reinado mais longo da história mundial, ficando atrás apenas do rei Luís XIV da França (1638-1715), que permaneceu 72 anos e 110 dias à frente do país.

Elizabeth casou-se com o príncipe Philip em novembro de 1947 e ambos ficaram juntos até a morte do marido, em 2021. O casal teve quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward, sendo que o primeiro será seu sucessor natural.

Cerca de uma década antes de assumir o cargo, Elizabeth chegou a atuar na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em diversas funções de auxílio, sendo treinada como motorista e mecânica.

Mas a principal marca de seu reinado foi ver a transformação do reino britânico para a chamada "Commonwealth de Nações".

Atualmente, ela é chefe de Estado em 15 países.

Além disso, Elizabeth testemunhou muitos dos fatos marcantes do século passado e conseguiu manter a relevância da família real mesmo com tantas mudanças na sociedade britânica.

Um dos momentos mais polêmicos de sua longa permanência no poder, na década de 1990, envolveu seu filho e herdeiro Charles com a princesa Diana.

O casamento de ambos era alvo de notícias de tabloides constantemente e, após a separação, quando Diana morreu em um acidente de carro, a rainha foi duramente criticada por não se manifestar publicamente e por não fazer homenagens formais, como colocar a bandeira do país a meio mastro em sinal de luto.

Após muita pressão, Elizabeth II aceitou fazer uma transmissão nacional ao vivo um dia antes do funeral e ela conseguiu contornar a crise de imagem provocada pelo episódio.

Em outro caso familiar polêmico, no início de 2020, precisou lidar com a decisão de seu bisneto Harry de deixar suas funções na família real após o casamento com Meghan Markle. O caso abalou os Windsor e, até hoje, é alvo de muita especulação de brigas entre Harry, William, seu irmão, e Charles.

A rainha visitou mais de 110 países durante todo o seu reinado, sendo considerada a monarca que mais viajou na história do país.

No entanto, nos últimos anos, o ritmo de aparições públicas foi diminuindo cada vez mais por conta do estado de saúde mais frágil da rainha.

Em fevereiro desse ano, a monarca ainda contraiu Covid-19, tendo sintomas leves por conta da vacinação, mas fazendo com que ela se tornasse ainda mais reclusa e protegida.

A última aparição pública de Elizabeth II aconteceu na terça-feira (6), na própria residência de Balmoral, quando ela aceitou a renúncia do ex-premiê Boris Johnson e empossou a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss - a 15ª chefe de governo britânico a tomar posse com a bênção da rainha.

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