O Repórter

Império Serrano busca em Arlindo Cruz força para permanecer na elite do Carnaval

Verde e branca de Madureira conta sua própria história jogando luz no subúrbio carioca

Por Alex de Souza | OREPORTER.COM
19 de fevereiro de 2023 às 19:46
Atualizada em 19 de fevereiro de 2023 às 21:05
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RIO - A Império Serrano abre a noite de desfiles do Grupo Especial saudando o cantor e compositor Arlindo Cruz. O horário previsto para o início da apresentação é o de 22h.

O carnavalesco Alex de Souza foi buscar inspiração na canção 'O meu lugar', de autoria do homenageado, para contar a vida e a obra desse imperiano. 

Na Sapucaí, a Verde e Branco de Madureira defende o enredo “Lugares de Arlindo” com o objetivo de falar de si viajando pelo repertório de Arlindo com o tempero das histórias do subúrbio carioca.

O desfile contará com menções ao Cacique de Ramos e ao bairro de Madureira, tema de um dos grandes sucessos do cantor. 

A Império Serrano voltou à elite do Carnaval carioca após um ano de Série Ouro e quer se manter entre as principais escolas do Grupo Especial buscando forças dentro da própria casa.

Confira a letra do samba:

Acorde partideiro sem igual, nascia então, um samba do seu jeito
Reluz feito candeia, imortal, o compositor, sambista perfeito
Levada de tantã, banjo e repique, poesia de um cacique, malandragem deu lição
Inspiração de ventre ancestral, o dueto, a patente vêm do fundo do quintal

Na boêmia, no subúrbio, na viela... O seu nome é favela: Madureira

Dagô, dagô saravá, obá kaô
O brado que traz justiça, faz a vida recompor

Deixa, o fim da tristeza ainda há de chegar
O show do artista vai continuar
Morando nos sambas que você fez pra mim
Imperiano sim!
No verso que aflora
Giram os sonhos da porta-bandeira
O amor de Orfeu melodia namora
Serrinha é teu canto pra vida inteira

Dagô, dagô, é a lua de Aruanda
A espada é de guerra, e Ogum vence demanda

Cercado de axé, semeia o bem, o povo a cantar: lalaiá lalaiá laiá
Receba a gratidão, reizinho desse chão, aqui é o teu lugar
Uma porção de fé... O filho do verde-esperança nos conduz
Zambi da coroa imperial, abiaxé, Arlindo Cruz

Firma na palma da mão, tem alujá e agogô
Império de Jorge, oxê de Xangô
Laroyê epa babá
Há de roncar meu tambor
O verso de Arlindo, morada do amor

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