NOVA YORK - O presidente Joe Biden afirmou na noite desta segunda-feira (1º) que os Estados Unidos fizeram "justiça" ao matar o sucessor de Osama bin Laden na liderança da Al Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, de 71 anos.
O terrorista foi assassinado na madrugada entre 30 e 31 de julho, em uma operação com drone conduzida pela Agência Central de Inteligência (CIA). Al-Zawahiri foi atingido por dois mísseis Hellfire enquanto estava no terraço de uma casa em pleno centro de Cabul, capital do Afeganistão.
Sua família também estava na residência, mas teria saído ilesa.
"A operação foi um sucesso total", afirmou Biden, ainda em isolamento por causa da Covid-19. "A justiça foi feita. Não importa quanto tempo leve, ou onde se escondam. Se são uma ameaça, os Estados Unidos vão encontrá-los", acrescentou.
Biden também usou a operação para justificar a decisão de retirar as tropas americanas do Afeganistão, o que permitiu a volta do grupo fundamentalista Talibã ao poder.
"Quando encerrei a missão militar americana, quase um ano atrás, decidi que os EUA não precisavam mais ter militares no Afeganistão. Naquele momento, prometi que continuaríamos conduzindo operações eficazes contra o terrorismo no Afeganistão, e fizemos isso", disse.
Ainda de acordo com o presidente, os Estados Unidos "não permitirão" que o país asiático se torne um "paraíso seguro para terroristas". O governo talibã, por sua vez, afirmou que o ataque em Cabul foi uma "clara violação dos princípios internacionais".
Al-Zawahiri, uma das mentes por atrás dos atentados de 11 de setembro de 2001, havia assumido o comando da Al Qaeda em 2011, após a morte de Osama bin Laden, de quem era o "braço direito".
A operação americana foi planejada por cerca de seis meses e recebeu o aval definitivo de Biden em 25 de julho.
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