O Repórter

¨Risco de encerrar diálogo com Rússia é muito alto¨, diz Zelensky

Segundo o líder ucraniano, negociação está ¨muito lenta¨

Por Agência Ansa
29 de abril de 2022 às 17:44
Atualizada em 29 de abril de 2022 às 17:47
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EPA
Segundo o líder ucraniano, negociação está ¨muito lenta¨
Segundo o líder ucraniano, negociação está ¨muito lenta¨

ROMA - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira (29) que o risco de encerrar as negociações com o governo russo para interromper a invasão no território ucraniano está cada vez mais "alto".

"Os riscos de fechar completamente qualquer diálogo com os russos são muito altos", disse o líder ucraniano à imprensa polonesa, segundo relatos do Ukrainska Pravda.

De acordo com Zelensky, o processo de negociação com representantes de Moscou é "muito lento".

Nesta semana, o presidente da Ucrânia já havia dito que se os ucranianos na cidade sitiada de Mariupol forem mortos pelas forças russas, e se a Rússia organizar "referendos" em territórios ocupados, seu governo interromperá as negociações com a administração russa.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghei Lavrov, garantiu que Moscou manterá o diálogo de paz com os ucranianos, mas lembrou que a "a boa vontade tem seus limites" e acusou Kiev de "aparentar" disposição para conversar.

Durante coletiva de imprensa, Zelensky também lembrou das fossas comuns encontradas nas cidades ucranianas que foram ocupadas pelas tropas russas.

"Os vestígios estão sendo removidos. Foram tantas as mortes que, apesar de queimadas, encontramos as sepulturas de 900 pessoas na região de Kiev", enfatizou.

Segundo ele, "os russos usam crematórios móveis” e sob essas “condições, será difícil investigar” os possíveis crimes de guerra. “Imagine, no entanto, que tenham ocorrido tantas mortes que, apesar da queima dos corpos, foi descoberta recentemente uma vala comum na qual 900 pessoas foram enterradas”, acrescentou.

Zelensky ainda reforçou que "ninguém sabe quantas pessoas foram mortas, então haverá consequências, haverá uma investigação. Haverá um censo porque nós não sabemos quantas pessoas poderiam ter morrido".

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