O Repórter

Ucrânia julgará mais 48 soldados russos por crimes de guerra

Iryna Venediktova disse que 13 mil casos são investigados

Por Agência Ansa
23 de maio de 2022 às 16:12
Atualizada em 23 de maio de 2022 às 16:14
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EPA
Iryna Venediktova disse que 13 mil casos são investigados
Iryna Venediktova disse que 13 mil casos são investigados

ROMA - O Ministério Público da Ucrânia anunciou nesta segunda-feira (23) que mais 48 soldados russos serão julgados por supostos crimes de guerra no conflito que já dura quase três meses.

A informação foi divulgada pela procuradora-geral ucraniana, Iryna Venediktova, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

"Foram relatadas suspeitas sobre 49 indivíduos que começamos a processar por crimes de guerra", disse ela, incluindo Vadim Shishimarin, o primeiro soldado russo condenado à prisão perpétua hoje por um tribunal de Kiev pelo assassinato de um civil desarmado de 62 anos.

De acordo com Venediktova, as autoridades ucranianas têm uma lista de cerca de 600 suspeitos de envolvimento em crimes de guerra, sendo que dois casos envolvendo três pessoas já estão sendo julgados pelos tribunais.

Ao todo, a Ucrânia está investigando "mais de 13 mil" casos de supostos crimes de guerra cometidos pelas tropas russas desde o início da invasão de Moscou, em 24 de fevereiro, informou a procuradora-geral.

Segundo a ucraniana, as violações das tropas russas documentadas pelas autoridades de Volodymyr Zelensky equivalem "a crueldade e violência deliberada indescritível contra civis".

"Isso é particularmente evidente em territórios que estavam na linha de frente da guerra, que praticamente se tornaram um matadouro", acrescentou Venediktova, lembrando que 4,6 mil civis morreram na guerra, incluindo 232 crianças, apesar de o número real ser provavelmente maior.

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