O Repórter

Haddad revela primeiros nomes de equipe do Ministério da Fazenda

Por Agência Ansa
14 de dezembro de 2022 às 02:30
Atualizada em 14 de dezembro de 2022 às 02:37
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EPA
Haddad diz que não admitirá volta da fome.
Haddad diz que não admitirá volta da fome.

SÃO PAULO - O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira (13) os primeiros nomes de sua equipe econômica, que assumirá a partir de 2023.

Entre os escolhidos está o economista Bernard Appy, que será secretário especial para a Reforma Tributária. Ele é considerado uma das principais autoridades do Brasil na área.

Em declaração à imprensa, Haddad explicou que o objetivo do governo é discutir sobre a criação de uma âncora fiscal - mecanismo para avaliação e contenção das despesas públicas - para o país, além de uma reforma.

"O novo arcabouço fiscal que eu vou apresentar e já tem data pra isso, e se depender eu antecipo, nós vamos caminhar o quanto antes. Essas duas coisas poderiam caminhar juntas, porque a reforma tributária é parte do arcabouço fiscal", declarou.

De acordo com o futuro ministro, o grande desafio do governo será "corrigir os erros que foram cometidos este ano". "Por açodamento, eu diria até por desespero eleitoral, foram cometidos uma série de equívocos na gestão da política econômica", acrescentou.

Para Haddad, a pretensão é "corrigir essas distorções sem tirar o pobre do orçamento", principalmente porque o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem "um compromisso com a questão social".

"Não podemos admitir a volta da fome, a corrosão do poder de compra dos salários, o que está acontecendo. Mas isso tem que ser compatibilizado com trajetórias sustentáveis", concluiu.

Hoje cedo, Haddad já havia divulgado o nome do economista Gabriel Galípolo, especialista em parcerias público-privadas (PPPs) e ex-presidente do Banco Fator, como secretário-executivo da pasta, após reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com equipe do atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

Recentemente, Galípolo chegou a dizer que o problema do Brasil não é o tamanho do Estado, mas a falta de qualidade do gasto público e da arrecadação.

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