SÃO PAULO - O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, anunciou nesta segunda-feira (9) que a situação em Brasília já está controlada.
Selecionado como interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, o ex-presidente da UNE tem como principal missão tentar administrar a insurreição de radicais bolsonaristas contra as instituições da democracia brasileira.
"A situação no DF está controlada. Daqui a poucas horas reiniciaremos as operações. Tudo será devidamente apurado. Os criminosos continuarão sendo identificados e punidos", escreveu Cappelli.
Em uma outra publicação nas redes sociais, Cappelli afirmou que não será permitida a "continuidade de concentrações que funcionem como incubadoras de planos contra o Estado Democrático de Direito".
Em meio aos atos de vandalismo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias. A decisão foi confirmada na madrugada desta segunda.
O ministro apontou diversos indícios de irregularidades por parte do governador do DF. Uma delas foi a forma como os terroristas foram escoltados por viaturas da Polícia Militar do estado até os locais onde os crimes foram cometidos.
Outra irregularidade mencionada na decisão foi a falta da resistência das forças de segurança em um momento que a gravidade da situação exigia. Moraes também apontou que os policiais não tomaram as providências regulares.
Entre outras medidas confirmadas, o ministro do STF determinou que os acampamentos bolsonaristas posicionados na frente do quartel-general do Exército sejam desmontados de maneira imediata.
Moraes também pediu para que os bolsonaristas desocupem vias públicas e prédios públicos em todo o país, bem como a apreensão e bloqueio dos ônibus que levaram os vândalos para o DF.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou para Brasília no último domingo (8) e conferiu os estragos feitos pelos bolsonaristas na sede do Poder Executivo. O mandatário estava em Araraquara, no interior de São Paulo, para acompanhar a destruição provocada pelas chuvas.